Jurema Finamour : a jornalista silenciada
Christa Berger
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Christa Berger (jornalista e pesquisadora) se propôs a desvendar e revela, nesta biografia, Jurema Finamour – a jornalista silenciada, as possíveis causas de um cancelamento histórico de uma mulher presente e atuante na vanguarda do mercado editorial.
O que apaga a história de uma escritora, repórter, engajada, inteligente, corajosa, próxima à elite intelectual brasileira nas décadas de 1950 e 1960? Por que teria sido esquecida? Por quem teria sido silenciada? Quem foi e o que fez Jurema Finamour?
Coube ao feminismo contemporâneo, através do resgate, escuta e testemunho, a tarefa de trazer a público as vozes esquecidas das mulheres de outros tempos. Christa Berger, jornalista, pesquisadora e biógrafa, traz a público uma história emudecida e silente, como são as histórias das grandes mulheres que constroem os momentos mais desafiadores das histórias de seus países e que sempre são ignoradas pelo cânone intelectual e literário masculino... "A depender do discurso da oficialidade, Jurema apareceria, então, apenas como secretária de Pablo Neruda, companheira de Letelba, cronista feminina, subversiva irresponsável e boa cozinheira. Mas convocada pela interlocução teimosa de Christa Berger, que se dedicou exaustivamente à construção deste diálogo... podemos conhecer com mais justeza esta que foi, como outras contemporâneas suas e também deslembradas... uma mulher que anunciava e participava da construção de um novo tempo, em que as mulheres não seriam mais cidadãs de segunda categoria. A história que Christa Berger conta de Jurema Finamour traz o compromisso de cada uma delas – e o nosso, como leitoras – de reverenciar a possibilidade de nos reconhecermos em novas atitudes e palavras que contem deste mundo que sempre foi um lugar inóspito e excludente para as mulheres."
Lélia Almeida, escritora
Vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura 2023 na categoria Especial.
Christa Berger
Nasceu em Ijuí, no Rio Grande do Sul, em 1950, e vive em Porto Alegre desde 1968, com intervalos em outros lugares. Nos anos 1970, morou na Cidade do México, onde participou do movimento feminista latino-americano. Jornalista, trabalhou no Diário de Notícias e na Folha da Manhã. Mestre em Ciências Políticas (Unam/México), doutora em Ciências da Comunicação (USP/São Paulo), foi professora-pesquisadora nas faculdades de Comunicação da PUCRS, UFRGS e Unisinos. Autora do livro A terra e o texto: campos em confronto; organizadora de O jornalismo no cinema, tem artigos em coletâneas e revistas. Jurema Finamour – a jornalista silenciada é sua primeira publicação não acadêmica.
Foto: Marco Nedeff
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