Pensamentos e sensações que a vida acadêmica e o jornalismo baniram da escrita de Beatriz Marocco vão sendo liberados nestes contos. As coisas que ficam debaixo do tapete, e da imaginação, galopam por conta própria nas vozes de personagens da
ficção. Uma vez escritas, conllevan dramas e tramas mulheres velhas e míopes, que se habituaram a escondê-las durante a vida. Nesta obra estão histórias curtas, insólitas, onde aparece o medo de revelar uma timidez doentia ou ter a cabeça perdida nas nuvens da menina que ansiava por balinhas ou ainda da adolescente que lia os livros proibidos. Nas águas de um poço da infância, enriquecido na maturidade com viagens ao mais profundo de si, descendo pelas paredes, pode-se espreitar, perceber,
examinar, compreender, organizar e materializar o que escondemos debaixo do tapete.